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A primeira pipa que fiz
empinei-a no quintal
sob a tutela da lua.
O vento dançava frouxo,
mas quando viu a aeronave
se assanhou:
com as mãos alvoroçadas
chacoalhou o carretel
e assobiou:
– Se der mais linha, prometo
que a levarei ao céu.
A pipa ganhou altura
levando muitas notícias
na rabiola de jornal.
Na milésima pirueta
enroscou-se numa estrela,
e a partir daquela noite
minha pipa só faz voos
no espaço sideral.
Obs: O autor é membro da Academia Pindamonhagabense de Letras é autor de: Lágrimas de Amor – poesia; O sapinho jogador de futebol – infantil; O estuprador de velhinhas & outros casos – contos; Histórias de uma índia puri – infanto-juvenil; O casamento do Conde Fá com a Princesa do Norte, e Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda – cordéis.
Imagem enviada pelo autor.