Num fraterno abraço, cada ano finda num eterno início;
O Ancião e a Criança anunciam esse tempo que não passa.
Enquanto dia, mês e ano se perpetuam, a gente nem tanto…
É no vai e vem do tempo que a gente vive ou “dança”.
Os sábios saboreiam o tempo da vida que é AGORA, e pronto!
Porque atualizam essa causa pela qual dão suas vidas.
Realizados, podem recordar os sonhos e afetos vividos,
Expressão da utopia encarnada, na entrega partilhada.
A felicidade se nutre de alegria e de prazeres, de beleza e de amores…
Ao realizar pessoas como gente, como classe e como povo.
Nessa nova ordem social, quem mais reparte, mais se enriquece;
Perde quem busca salvar a vida e, aproveita quem parece perdê-la.
Por que, então, não desapegar-se de trecos, de culpas e de medos
E, livre e solto, dedicar-se à compaixão de quem não tem abrigo,
E, em ciranda, celebrar a Esperança desse tempo sempre novo,
Pois, Criança e Ancião encontraram lugar, na tua manjedoura?
dezembro 2019
Obs: Imagem enviada pelo autor