E lá íamos nós seis para casa de vovó brincar, brincar, só brincar. Casa enorme, terraços grandiosos que nos convidavam à prática de vários jogos. Ah e como vovó gostava de nos ver felizes! De nos ver desfrutando do conforto, das brincadeiras e dos deliciosos lanches da tarde, servidos pontualmente às 15h30. A casa da minha avó era muito, muito especial. Sempre num vaivém de gente que entrava e saía, ou quase imediatamente ou por lá permanecia horas a fio. Vovó nem se impacientava. Era um tal de cafezinho pra fulana, pra sicrana e por aí iam outros nomes que chegavam e por lá ficavam batendo papos infindáveis.
Quantos afagos da infância guardo na memória !!! Boas lembranças que hoje vejo poucas crianças deles usufruírem. Apartamentos hermeticamente fechados, espaços pouco convidativos a brincadeiras e um excesso de tecnologia que gera isolamento e ambientes super monótonos e silenciosos.
Nos afagos da infância, mergulho, sorrio e choro ao mesmo tempo. Bate uma saudade danada, e essa saudade aumenta porque sei que o tempo jamais vai fazê-los voltar. Lamentável, mas real. Fazer o quê? Agradecer a Deus os momentos vividos, muito bem vividos. Desejar que outras crianças vivam experiências similares. Crianças sendo crianças, vivendo brincadeiras de pai e mamãe, brincando de barra bandeira, jogando bola e outras coisas pertinentes ao segmento infantil.