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Como explicar que o governo brasileiro iluda a população, dizendo ser necessário cortar gastos com a saúde, educação e saúde? Diz o presidente que é uma necessidade cortar direitos dos trabalhadores, modificar a previdência social, para garantir a manutenção da economia do país. Diz o ministro da economia que é preciso pagar os juros da dívida pública que não para de crescer. Assim o governo mente sem escrúpulos, para prejudicar os trabalhadores, os pobres e os jovens.
Os maiores credores da dívida pública nacional são os Bancos e empresários. Ao mesmo tempo, Bancos Bradesco, Itaú e Santander tiveram lucros de mais de 25 milhões de reais no ano passado. Justamente esses bancos devem e não pagam 450 bilhões de reais à Previdência social. E não cobrados pelo governo. Impressiona como tudo isso acontece e nem os deputados, senadores, bem as centrais sindicais denunciam, nem pressionam. Por que tudo isso acontece no Brasil?
O sociólogo Jessé de Sousa, em seu livro A Elite do atraso, faz uma razoável explicação desses crimes acobertados no Brasil. Diz ele: “A elite do atraso, os donos do dinheiro e seu braço midiático fazem parte do mesmo esquema de depenar a população em benefício próprio. ‘É o que explica a constante necessidade de criar espantalhos para desviar a atenção do público do que lhe é roubado e explicar a miséria que seu saque provoca por outras causas. O espantalho perfeito é a corrupção de todos só pelos políticos, quando estes são apenas submissos de quem financia suas eleições, para que estes protejam seus privilégios no mercado”. Escreveu o sociólogo.
Uma das consequências dessa corrupção dos Bancos e empresários e os políticos espantalhos, é a crise cada dia mais grave dos trabalhadores, e pobres. Ao todo hoje são 13 milhões de trabalhadores desempregados. Desses, segundo o Instituto brasileiro de geografia e estatística, IBGE, 3,8 trabalham autônomos, para ganhar o alimento da família. Outros 1,7 milhões estão procurando emprego há dois anos e não conseguem.
O governo Bolsonaro serve fielmente aos donos do dinheiro e não tem menor respeito pelos trabalhadores e os pobres. A questão é, até quando a população esmagada vai sofrer calada.
Obs: O autor é membro da organização da Caravana 2016
Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhã? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu.