Maurício Cavalheiro 1 de dezembro de 2019

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meu pai gastou o tempo que lhe cabia
com tropeços e acertos
como todo mundo

na cama do asilo
encontrou o sono imorredouro
e dormiu sereno

minha mãe
teve a vida amargada por traições
e gastou seus dias com revoltas

no colchão na sala
sobre o braço adormecido
fechou os olhos pela última vez

perdi meus colos
e ainda não assimilei que estou sozinho

confesso: tenho medo das cataduras
simuladas inventivas fraudulentas
tão difíceis desvendar

vez ou outra, caio numa cilada
e só depois de muito tempo
percebo a minha ingenuidade

perdi meus colos
e ainda não assimilei que estou sozinho

Obs: O autor é membro da Academia Pindamonhagabense de Letras é autor de: Lágrimas de Amor – poesia; O sapinho jogador de futebol – infantil; O estuprador de velhinhas & outros casos – contos; Histórias de uma índia puri – infanto-juvenil; O casamento do Conde Fá com a Princesa do Norte, e Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda – cordéis.

Imagem enviada pelo autor.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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