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Já escutei muitas pessoas expressarem o desejo de “esquecer o passado”, sei que esse desejo é fruto de um evento triste, essa vontade vem de um período repleto de dores ou decisões pessoais que podem ter complicado a vida que já não é fácil.
Sempre sugiro duas perguntas: É possível esquecer? Vale a pena esquecer?
O passado é a sua história. Gostando ou não sua biografia contém eventos tristes, alguns vergonhosos, péssimas decisões.
Essas decisões não podem ser apagadas assim como não serão esquecidas, aliás, acredito que o esforço em esquecer tem efeito contrário, esse esforço apenas atualiza, coloca no presente esse fato passado. Ao tentar esquecer eu trago o evento para o presente, só que em forma de culpa e condenação.
Precisamos aprender a praticar autoperdão. Pegar mais leve com nossas versões anteriores e mudar o status de certas histórias.
Sugiro que você faça as pazes com seu passado, sua história não pode e não precisa ser deletada e sim lida, elaborada, os eventos de ontem podem entrar em sua vida como processo pedagógico de crescimento.
Não é relativizar e considerar tudo como normal ou correto. Não é colocar panos quentes, mas tirar a condenação para que haja a possibilidade da cura.
Ao ficar de frente com a história, assumindo a responsabilidade você diminui o volume da culpa e aumentando a luz da integridade.
Esquecer pra quê? Pra correr o risco de fazer novamente?
Deixe o passado no passado, que ele seja um memorial, um ponto de referencia norteador para a construção de um futuro diferente.
Aprendi com o Ricardo Gondim: “Ao se perdoar você não altera em nada o seu passado mas pode mudar radicalmente o seu futuro”.
Não confunda perdoar com esquecer. Esquecer é problema de memória, perdoar é caminho de cura para um coração ferido.
Faça as pazes com o seu “eu de ontem”. Pegue mais leve com você, respire fundo e tente de novo, com novas ideias.
Não fuja da responsabilidade, não se esconda. Encare, se perdoe e construa algo novo.