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Um árido sertão rasga meu ventre
E, dele, pululam miúdos de um nordestino:
Folhas da Palma, bagaços de mandacaru e xique-xique.
Um raio x de 500 anos de fome sertaneja.
E não há Século XXI que dê jeito nessa fome secular.
De que careco os senhores da guerra não podem acudir.
É de humanidades que sofro.
Desde quando o primeiro homem subjugou o próximo com a vã promessa de que o seu trabalho dignificaria toda a espécie humana.
Desde então, nessa queda de braço, sobram miolos esbanjadores de um lado e, do outro, músculos endurecidos pela burrice.
Obs: O autor é Jornalista e Gestor Cultural.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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