Foi uma experiência incrível e indizível a VI Jornada de Agroecologia da Bahia, realizada em Utinga/BA, na Chapada Diamantina, de 16 a 20 de outubro. Saindo de Teixeira de Freitas, no Extremo Sul da Bahia, Bioma Mata Atlântica, anda-se por cerca de 900 km e não se chega do outro lado desse imenso estado baiano, onde (na Chapada) impera secura, pó e calor do Bioma da Caatinga. A região serrana da Chapada é de uma maravilha ímpar. Encontram-se aí animais de belas espécies, rios, cascatas… Lugar em que a natureza pede por favor para ser observada e não mais destruída. Ao chegar em Utinga/BA, no território dos índios Payayas, uma bela recepção feita pela Teia dos Povos, organização que reúne vários movimentos sociais, grupos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, responsáveis pela promoção da Jornada de Agroecologia. Um invento em forma de evento capaz de capilarizar, fazer ressoar e potencializar várias experiências na perspectiva do “Bem Viver”. Esse foi o tema: “Terra, território, águas e ancestralidade: tecendo o bem viver”. Três grandes mesas de debates, várias oficinas, rodas de conversa, apresentação de trabalhos, muita animação e mística… Mais de 2 mil participantes (crianças, jovens, adultos e idosos) de todo o estado, de outras regiões do país e até de fora, animados pelo eixo comum da agroecologia, como um novo modo de viver, produzir, se relacionar e cuidar da Casa Comum, da Pachamama, da Mãe Natureza. Oportunidade para participar com nossos estudantes de pós-graduação em Agroecologia e Educação do Campo, reencontrar companheiros/as da caminhada e conhecer outros. Como foi emocionante conhecer pessoalmente o antropólogo Kabengele Munanga!!!
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Obs: O autor é Doutor em Sociologia, pós-doutor em Educação e professor da Universidade Federal do Sul da Bahia
Imagens enviadas pelo autor.