15 de outubro de 2019
Coração partido, confesso,
ver-te imóvel observar a janela,
seguindo a luz, última súplica.
Que fossem raízes num jardim,
não a dor ao colchão enraizada
em dias trancada, fome de brisa.
Armadura de aço com vista para o mar.
Existes, e por existires imponha luta!
Não definhes em pesadelos que se arrobustam.
Levantes, reajas, mande as ordens!
Nada se abate sem que se autorize,
não largues vida à própria sorte.
Bem sei dos fantasmas e medos,
das tristezas e segredos
do bélico mundo interior.
Lança-te ao vendaval firme e segura,
agarra-te aos troncos e galhos de toda sorte,
mas não te ofertes sem lutas à morte.
Obs: A autora é poeta, administradora e editora da Revista Perto de Casa.
http://pertodecasa.rec.br/
Imagem enviada pela autora
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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