Taciana Valença 1 de setembro de 2019

Meu leitoLá fora chove,aqui dentro respinga.Aleatório frêmito resvala,causando calafrios…É tarde, as horas ardemenquanto percebo agora,esporádicas gotas ecoarem sobre as folhas.Um quase nada, um indo embora.E ritmado segue apenas meu coração,bombeando os labirintos de mim,abastecendo células, segurando a vida.Dizem que do tamanho do punho. Ele pulsa, e assim, mesmo paradinha,ele bate, setenta vezes por minuto,e eu dependo da sua auto-suficiência.Máquina completa que me sustenta,melhor que qualquer umapelo homem projetada,sem a qual não sou nada.É, vim da chuva ao coração,molhei alma e mãos,tudo aqui onde nasce meu rio,e escorrem segredos: meu leito.(Taciana Valença)

Posted by Taciana Valença on Sunday, July 21, 2019

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Lá fora chove,
aqui dentro respinga.
Aleatório frêmito resvala,
causando calafrios…

É tarde, as horas ardem
enquanto percebo agora,
esporádicas gotas
ecoarem sobre as folhas.

Um quase nada, um indo embora.
E ritmado segue apenas meu coração,
bombeando os labirintos de mim,
abastecendo células, segurando a vida.

Dizem que do tamanho do punho.
Ele pulsa, e assim, mesmo paradinha,
ele bate, setenta vezes por minuto,
e eu dependo da sua auto-suficiência.

Máquina completa que me sustenta,
melhor que qualquer uma
pelo homem projetada,
sem a qual não sou nada.

É, vim da chuva ao coração,
molhei alma e mãos,
tudo aqui onde nasce meu rio,
e escorrem segredos: meu leito.

Obs: A autora é poeta, administradora e editora da Revista Perto de Casa.
http://pertodecasa.rec.br/

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Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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