1 de agosto de 2019
(para Joel de Assis)
Na flora do engano
atiramos nossas vitais armaduras:
o esqueleto e os sonhos,
desde sempre.
Tudo isso
em busca das três quimeras:
a quadratura do círculo,
na geometria;
a pedra filosofal,
na química;
e o moto-contínuo,
na física.
O danado
é que nos armamos
– sem o perceber –
de uma quarta quimera
para essa jornada:
o auto-engano.
Porque, no final,
¾ das nossas demandas
são românticas,
baseadas em visões,
idealismos, esperanças
e afetos.
Por isso,
seguimos todos,
espantalhos do ser.
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http://ronaldo.teixeira.zip.net/
http://lounge.obviousmag.org/espantalho_lirico/
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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