Angela Borges 1 de julho de 2019

Para ele, a vida parecia ter perdido sentido. Os dias se repetiam. A rotina invadia aquela casa. Tudo era a mesmice da mesmice. Nos gestos e nas ações, revelava uma apatia sem limites. Um aspecto depressivo, um jeito de caminhar que sinalizava uma tristeza sem fim. Pobre Fernando !!! Perder Marta foi para ele a pior desgraça. Mas também uma esposa e companheira como ela era para poucos! Naquele dia do acidente, o mundo caíra sobre ele, e, passados 5 anos, Fernando sinalizava um declínio crescente, seja no nível físico, seja no emocional. Pobre homem cuja fortaleza havia se enfraquecido diante do luto! Para ele, a vida parecia ter perdido sentido. Os dias se repetiam. A rotina invadia aquela casa. Tudo era a mesmice da mesmice. Nos gestos e nas ações, revelava uma apatia sem limites. Um aspecto depressivo, um jeito de caminhar que sinalizava uma tristeza sem fim. Pobre Fernando !!! Perder Marta foi para ele a pior desgraça. Mas também uma esposa e companheira como ela era para poucos! Naquele dia do acidente, o mundo caíra sobre ele, e, passados 5 anos, Fernando sinalizava um declínio crescente, seja no nível físico, seja no emocional. Pobre homem cuja fortaleza havia se enfraquecido diante do luto!

Marta nem sabia ser tão amada, até porque no dia a dia, Fernando se ausentava muito de casa. No entanto, a perda o fez repensar e lamentar atitudes e comportamentos vividos. Também 45 anos de casados era uma eternidade de amor, um amor que se completava mesmo sem muitas interações diárias! O desejo de ter Marta de volta era enorme, mas sabia ser impossível. Só a fé o sustentava, embora a busca por Deus era curta e escassa. Sabia que era essencial, mas não conseguia vencer a tristeza que cada vez mais invadia sua alma.

E, nesse ritmo, Fernando chutava a vida e vivia a mesmice da mesmice todos os dias…

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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