Gerson F. Filho 15 de julho de 2019

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Não importa amor, abraços podem ser,
Um sinal de chegada ou um gesto de partida,
E se nele couber uma dor, ou momentos de alegria,
Só o vento incerto do destino nos dirá.

Não fui eu que escrevi o corpo desta peça.
Se começar, não sei bem como termina,
Apenas peço que sendo assim então haja coração.
Sejamos tudo e o tanto que faltar para o total.

Não faz mal se meu e teu enredo não combina,
Há coisas que dão certo ou errado por pura cisma,
Um contexto que favoreceu a fome da opinião.
Agora amor vê se me consome, sou tua vítima.

Enquanto meu interesse ainda lhe favoreça,
Porque sou cafajeste, mas este é o melhor detalhe.
Aquilo que te instiga mesmo que te maltrate,
Pois no íntimo teu lado meigo gosta desta dor.

Vai acabar um dia e isso você sabe.
Mas o perfume e a sensação irão além do detalhe,
Trará ternura como a tez da recordação.
Beije-me agora então com estes lábios de infinito.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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