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O tempo passa e para trás
deixa resíduos do que fomos.
No caminho percorrido
morreram céus e abismos,
e no que resta,
outros virão da mesma forma,
inusitadamente,
com as mãos cheias
de brevidade.
O tempo passa
na cadência inalterada.
Sem perdões e sem restauros
os desperdícios se aglomeram.
Ainda há de nascer
quem saboreie a vida
sem deixar sobras.
O tempo passa e nos conduz ao beco
onde as moedas e o conhecimento
são insignificantes.
O tempo passa e para trás
deixa resíduos do que fomos
até não sermos.
Obs: O autor é membro da Academia Pindamonhagabense de Letras é autor de: Lágrimas de Amor – poesia; O sapinho jogador de futebol – infantil; O estuprador de velhinhas & outros casos – contos; Histórias de uma índia puri – infanto-juvenil; O casamento do Conde Fá com a Princesa do Norte, e Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda – cordéis.
Imagem enviada pelo autor