Maurício Cavalheiro 1 de julho de 2019

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O tempo passa e para trás
deixa resíduos do que fomos.

No caminho percorrido
morreram céus e abismos,
e no que resta,
outros virão da mesma forma,
inusitadamente,
com as mãos cheias
de brevidade.

O tempo passa
na cadência inalterada.
Sem perdões e sem restauros
os desperdícios se aglomeram.
Ainda há de nascer
quem saboreie a vida
sem deixar sobras.

O tempo passa e nos conduz ao beco
onde as moedas e o conhecimento
são insignificantes.

O tempo passa e para trás
deixa resíduos do que fomos
até não sermos.

Obs: O autor é membro da Academia Pindamonhagabense de Letras é autor de: Lágrimas de Amor – poesia; O sapinho jogador de futebol – infantil; O estuprador de velhinhas & outros casos – contos; Histórias de uma índia puri – infanto-juvenil; O casamento do Conde Fá com a Princesa do Norte, e Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda – cordéis.

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Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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