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Tudo começa com a sensação do Eu, que para o recém-nascido engloba o mundo, já que nos primeiros tempos da vida não temos consciência do exterior e vivemos, como se fosse interno, tudo que percebemos.
Depois, através dos cuidados que vai recebendo, o bebê pode experenciar o ambiente externo, representado pela mãe, e vive aí o estágio do Eu Sou.
Só mais tarde, quando, pelo aproximação e afastamento seguidos da mãe, o nenêm percebe que ele e o mundo são coisas distintas e como pela presença continuada desses cuidados maternos ele, o bêbe, se mantém, pode viver o Eu Estou Só.
É a vivência satisfatória do Eu Sou e do Eu Estou Só que possibilitam a experiência do Estar Só na Presença do Outro, um estado que depende fundamentalmente da qualidade da relação mãe/bebê. É ela que garante o asseguramento necessário para que se possa internalizar o ambiente como favorecedor, promovendo o desenvolvimento de um Si-Mesmo ou Self capaz de suportar as crises do contato com tudo que nos é estranho, experiência presente durante toda a Vida.
Em nossa época, talvez pelo excesso de massificação e tendência à padronização do ser humano, vemos crescerem os sintomas de ansiedades infundadas, sensações muito próximas ao temor da desintegração do Si-Mesmo.
Saber disso tudo só ressalta a importância da história individual e da coletiva.
É fundamental para todo ser humano reconhecer-se no passado evocado e poder projetar-se até um futuro desejado, para viver a presença de integração com o seu self mais profundo e verdadeiro – fonte da capacidade de criar.
*Comentário Geral – Minhas Falas no Programa da TVE