1 de junho de 2019
Tomei a liberdade de escrever à toa
como em outros tempos tomava
a liberdade de andar à toa
Tomei a liberdade de rimar
por já não poder gargalhar
Tomei a liberdade de ter liberdade
Tomei a liberdade e embriaguei-me
Tomei a liberdade de fazer
uma traição às bandeiras desfraldadas
fraudei a corrente dominante
mas não por vă afeição
ao meramente exótico
e sim por um esoterismo
em que considero o sol e a lua
deuses primordiais
Tomei a liberdade da magia
por cansar-me das coisas concretas
e achar que apesar das teorias
o absurdo no entanto é.
Obs: Texto retirado do livro do autor – É Lenta a Palavra Tempo –
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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