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O que há para calar?
O que há para ser dito?
O que há, enfim,
de fugaz e ilusório
ou de autêntico e infinito?
O que espera de nós
Quem nos deu voz?
Palavra é ritmo, é canção…
Expressa o que se processa
do que é vivido.
Palavra se reduz a vibração;
marca e evoca a simpatia
entre a voz e o coração.
Palavra veraz traz à vida
a essência adormecida
em cada imagem invocada…
Ao constituir som ou ruído,
a palavra porta a vida,
a palavra porta a morte
ou a palavra porta o nada…
O que espera de nós
Quem nos deu voz?
Onde encontrar a palavra essencial?
Onde o canal
que traz ao mundo a mensagem prometida?
Esse tardar é razão da maior fome,
tardar de um Nome
que traga em si a identidade e a missão
a ser cumprida…
Essa é a fome que nos leva a questionar
ardentemente,
mas sempre um questionar mudo em palavras,
vazio, somente,
lacuna escura da Palavra a ser ouvida…
E, a cada passo, indaga a voz do Universo,
em ânsia, em cânticos, em preces e em versos:
“O que espera de nós quem nos deu Vida?”
Obs: A autora é professora de Filosofia da Nova Acrópole há 30 anos (www.acropole.org.br – www.acropolis.org), autora de quatro livros de poemas e crônicas, com cerca de 200 palestras no Canal da Nova Acrópole no Youtube, com 126.000 seguidores, dona blogsluciahga.blogspot.com.br e observacoesmatinais.blogspot.com.br e da página do facebook Lucia Helena Galvão – Poesia Filosófica, com 91.000 curtidas, já realizou palestras no Brasil e no exterior e participou de inúmeros programas de entrevistas, podcasts etc.