Dedico esta meditação a todas as pessoas cristãs que hoje sentem saudades de outros tempos, quando pastores da Igreja já não tinham “conversa amigável”, nem falavam em “caminhar juntos” (sic?) com governantes de plantão, “pelo bem da sociedade brasileira” (como soa irônico!), mas tinham, sim,  coragem para denúncias proféticas; que permaneciam de cabeça erguida, junto com seu povo,  quando acusados de subversão ou chamados “de banda podre da Igreja Católica”. Graças a Deus, porém, o povo tem-se tornado mais adulto e já é mais capaz de levantar-se em nome próprio pelos caminhos deste país, sem depender da convocação de lideranças assim tão lentas, tão frágeis… ah! Quem dera que a luz do Espírito Santo tornasse a inspirar, em nossos tempos tão sombrios, a lucidez e coragem dos Apóstolos! (cf. At 4). Sem dúvida, o Papa Francisco, tido como a maior figura de estadista de nossos dias, mereceria ser seguido mais de perto em sua clarividência, bondade e firmeza.

No próximo domingo celebramos a Festa de Pentecostes, a revelação do derramamento do Espírito de Deus sobre o povo que, pelo mundo afora, de diferentes maneiras e crenças, de uma forma que só Deus conhece, segue Jesus “em espírito e em verdade” (cf. Jo 4, 21-24). De fato, não se trata simplesmente de religião (“nem neste Monte, nem em Jerusalém…” ), mas de abrir-se à vontade de Deus e tornar-se semelhante a Ele..

O Espírito é uma das categorias mais importantes do mistério cristão, por isso mesmo da Revelação divina e da Teologia da Igreja, assim como da espiritualidade cristã. Refletir e conversar sobre o Espírito de Deus não deixa de ser tremenda ousadia. Nossa situação é como aquela das águas de um rio: brotam de alguma fonte, mas o rio não tem a possibilidade de voltar para ver a fonte e reencontrá-la, só pode supô-la enquanto corre adiante (cf. Jo 7, 37-39).. Santo Agostinho, no século IV, formulou-o da seguinte maneira: “Deus é o que há de mais alto (distante) que tudo o que há de alto em mim e mais íntimo que meu próprio íntimo”. A tradição teológica sempre afirmou que de Deus sabemos o que não é, mas não o que seja; por isso o discurso humano se desenvolve sobretudo como “teologia negativa”, a saber, por afirmar o que Deus não é e a negação de qualquer criatura como sendo divina.. Lembremo-nos do salmista que dizia: “Permaneço em busca da face do Senhor”. O grande Santo Tomás de Aquino afirmava que até podemos pensar que Deus exista, pois é mais razoável supor que o universo tenha um princípio que o ultrapassa, mas nada sabemos sobre como Ele é. De nodo semelhante, falam-nos alguns dos físicos de hoje: o universo parece surgido por acaso, mas ao mesmo tempo tem tal racionalidade a ponto de parecer ter brotada de uma Razão extraordinária, transcendente…Na verdade, de Deus só podemos falar por alusões, por figuras, imagens e símbolos, a saber, por linguagem poética ou por narração de experiências, como nos diz claramente São João: “Quem ama, nasceu de Deus e conhece (por experiência) Deus” (1Jo 4, 7). Ele não diz: “Quem ama Deus, ama o próximo”. O que diz é que “quem ama (o próximo) experimenta de fato amar a Deus”. Pois Deus se ama mediante a partilha de bens e o dom da vida (cf. 1Jo 3, 11-20). No nosso caso, evidentemente, não se trata de “opinar” sobre o Espírito, de Deus, mas de observar como o testemunho das  Escrituras, isto é, a Bíblia, nos apresenta o Espírito.

Na tradição cristã, o Espírito Santo não é uma criatura, mas uma maneira como o próprio mistério divino se realiza e se expressa. Nosso Deus é uma realidade comunitária, plenitude relacional, de três centros pessoais. Falamos de “pessoas” justamente por ser a categoria mais alta e excelsa que conhecemos. Aliás, para falar de Deus por analogia com a realidade experimentada nas relações humanas, é que a Igreja cristã, em seus grandes concílios dos primeiros séculos, cunhou o conceito de “pessoa” ou “personalidade”, uma das maiores contribuições do Cristianismo à cultura humana. Estamos diante de um mistério que só se pode expressar por imagens: Deus é como PAI ou Mãe, origem última do Ser em Deus e em todo o universo, por isso a Ele se atribui a criação do mundo, dizer que é como Pai ou Mãe é balbuciar que Deus é a Fonte última de toda realidade, a começar da própria realidade divina. Além da imagem da paternidade, a Bíblia também alude à maternidade divina, como se vê no livro do profeta Oséias, capítulo 11, onde Deus se apresenta como mãe que amamenta, assim como Jesus mesmo fala de si como semelhante a galinha que reúne e protege seus pintinhos debaixo das asas (cf. Mt 23,37 e também Is 46,3; 49,14-15; 66,10-12). Um dos antigos concílios chega à ousadia de dizer que o Filho é gerado “ex utero Patris”, “do útero do Pai”.

O Novo Testamento nos fala de uma relação em Deus, que é o Filho. O texto mais famoso e clássico é o Prólogo de São João, secundado por todos os escritos joaninos.(cf. cap. 5 e 14-17). Com ajuda das meditações da corrente sapiencial, fala-se da Sabedoria personificada, da Palavra, a qual, como espelho reflete toda a divindade (cf. Pr 8-9; Sb 6-9;Eclo 1; Jó 28).. E essa “Palavra se fez carne”, isto é, ser humano” e viveu entre nós em Jesus de Nazaré. Assim, ficamos sabendo que o Filho é Deus que Se revela como modelo de vida humana segundo Deus. Finalmente, a partir da experiência e da palavra do próprio, Jesus. vimos a conhecer uma terceira dimensão divina que é o Espírito Santo, Deus que age como princípio transformador para assim nos assimilar à própria divindade. Ou seja, em outras palavras, em Deus contemplamos uma Trindade de agentes, de centros de irradiação e de ação que a linguagem cristã designou como “pessoas”: são “em si” e, ao mesmo tempo, são umas nas outras, em perfeita e completa unidade e reciprocidade. Os Pais da Igreja antiga falavam disso com a imagem expressa pela palavra “pericorese”, ou “dança circular” (“peri” quer dizer “em redor de”, lembremo-nos de “perímetro”; “cora”, “coréo” sugere a região circunvizinha, em redor de nós, coro, coral, tem a ver com “em redor”, “redondeza” para dizer o espaço em torno de nós)  cada qual se colocando reciprocamente em lugar do outro, sem cessar. Se o que caracteriza Deus é o Amor personificado, temos no Pai o princípio ou a fonte; no Filho temos o fruto e a reciprocidade do Amor; no Espírito, terceiro termo, temos a abertura do Amor a seu horizonte sem limites.

Nos antigos textos bíblicos do Primeiro Testamento, já ao abrirmos a Bíblia,  deparamo-nos logo no início com a famosa frase do relato da criação: “E o Vento (vendaval, tempestade) de Deus pairava sobre as águas”. Alude-se, sem dúvida à força criadora e recriadora de Deus (um bom contingente do povo se achava exilado em Babilônia e ansiava pela libertação como se fosse uma nova criação, de acordo com a pregação dos discípulos e discípulas do profeta Isaías, conforme Is 40-66). Vemos que “espírito” tem a ver com vento, com respiração: inspirar, expirar, respirar são termos que se referem ao ar, ao vento. Em hebraico, a língua da Bíblia, se diz “RUH” (com o “H” aspirado que torna a palavra onomatopeica, pois não se a pronuncia sem soprar. Os povos antigos associavam o vento ao sopro da vida, um fenômeno misterioso que não se compreendia e por isso evocava um poder divino: podia-se sentir, até escutar seu ruído, percebiam-se seus efeitos mas não se podia pegar ou apanhar, escapava sempre. Por isso se considerava que era “sopro divino” (cf. Jo 3, 5-8).

Daí, tinha a ver com a respiração que Deus soprara no ser humano (cf. Gn 2,7), também com a liberdade, a amplidão, a vida ou o ar em movimento e com a força de mover coisas pela intensidade do movimento do vento. Sugere-se a associação do vento com o fogo e a chuva, equivalendo a vendaval, tempestade e mar agitado (cf. Mc 6, 45-52), vento devastador e destruidor, sendo então imagem do julgamento/castigo divino Por isso, a imagem do vento é particularmente usada para falar do arrebatador carisma da profecia. São homens e mulheres arrebatados(as) pelo Espírito e, assim, capacitados(as) para ações especiais e até assombrosas, daí a associação com vendaval, força, palavra com poder de transformar (cf. Ez 37; At 8, 39).

Do Primeiro Testamento conhecemos o famoso episódio da visão dada a Moisés em Êxodo, capítulo terceiro: a sarça queima e não se consome. É justamente nesse cenário que Deus revela o Seu Nome: “YHWH”, aq        uela presença salvífica que “está aí”, “Eu estou aí”, “Eu estou contigo”, em meio às circunstâncias da vida. Não se trata de compreender, mas de experimentar na própria vida e caminhada.  Quando olhamos textos paralelos, como Js 5, 13-15; Gn 3, 24; Is 66, 14-17; At 2, 3, percebemos que se trata da passagem de Deus como grande devastador, abrasador, vitorioso sobre Seus adversários. .A isso se referem os textos. Ao profeta Elias, no Monte Horeb, o mesmo monte ligado tradicionalmente a Moisés, foi-lhe concedida uma misteriosa experiência da presença de Deus em meio a furacão, terremoto, fogo e, finalmente, “no ruído de uma brisa leve” ou “na voz de um suave silêncio”. (cf. 1Rs 19). Receber o Espírito para anunciar o Evangelho é entrar na batalha de Deus contra as trevas (cf. Jo 3, 19-21). Os Apóstolos logo em seguida se acham em cadeias (cf. At 4).

Conhecemos o fato de o carisma de Moisés ser distribuído pelos setenta anciãos que julgavam o povo (cf. Nu 11, 16-30), era carisma em função da coletividade: julgar de acordo com a Justiça. . E Ezequiel anuncia o derramamento do Espírito sobre todo o povo (cf. Ez 36, 27; 37, 14; 39, 29). E o mesmo prevê o profeta Joel (cf. Jl 3, 1ss). É o derramamento de unção divina que nos transforma.

Nos livros de Juízes e de Samuel, o Espírito é concedido como capacidade de liderança profética e política, particularmente no período em que se passava da organização tribal ao regime de monarquia: grandes líderes eram assim capacitados para guiar o povo particularmente em períodos e ocasiões de crise. Para contrapor-se à apropriação ideológica do dom do Espírito de Deus, particularmente a partir de Saul e Davi e de todo o período monárquico (era o rei que era tido como o ungido do Senhor), textos proféticos e salmos anunciam a unção do Espírito sobre o Messias, imaginado então  como símbolo do poder popular, como se vê em Isaías 9, 1-6; 11, 1-9; 42, 1; 1Sm 16, 1ss. Não se deve esquecer que o Servo de Deus no livro de Isaías é movido pelo Espírito de Deus para realizar a missão e enfrentar a perseguição e a morte em favor do povo (cf. Is 42; 49; 50; 52-53) para estabelecer o “xalôm” (cf. também Ez 34; Sf 3, 12; Zc 9, 9-10.

No Novo Testamento, um texto particular é o do Batismo de Jesus, quando “no Princípio” (cf, Mc 1,1; Gn 1,1) é ungido pelo Espírito da recriação do mundo e declarado Filho de Deus, escolhido para restabelecer o “xalôm” do Paraíso original. O texto de Marcos não se refere a jejum, mas a\ estar continuamente servido pelos anjos do céu; o deserto se transforma em cenário da felicidade e da abundância, vitória sobre o mal simbolizado por Satanás (o Adversário) e pelos animais ferozes agora em convivência pacífica com o Filho do HOMEM. No batismo, os céus se voltam para a terra pela voz do Pai que identifica o homem Jesus como seu predileto, e pelo voo da pomba que é a forma do Espírito recriador do mundo (cf. Gn 8, 6-14). Jesus, o Homem, sobe (o texto de Marcos não diz simplesmente “sai”, mas sobe das águas – imagem, do abismo primitivo e ameaçador. Satanás e as feras simbolizam a ameaça do mundo subterrâneo, do abismo, agora completamente vencidos. Assim, é anunciada a missão do profeta Jesus de Nazaré, o “novo Adão” que instaura o espaço messiânico e torna possível o antigo Paraíso (cf. Gn 1-2). Ao longo do ministério, Jesus realiza as obras divinas de restauração do mundo. O Espírito é a força restauradora de Deus pelas mãos de Jesus, o grande e definitivo profeta do novo tempo (cf. Lc 4). Temos aí o conteúdo dos Evangelhos, com restauração das pessoas, com edificação da comunidade, com perdão, serviço recíproco e partilha, com a denúncia dos mecanismos de opressão econômica (partilha do pão), cultural (tabus e preconceitos, marginalização e exclusão, separação entre escolhidos e gentios), social (sistema de prestígio. É esse mesmo Espírito que é dado à comunidade no dia de Pentecostes para o anúncio do Evangelho no mundo inteiro, como Palavra que vem contrapor-se à torre de Babel, poder que domina os povos e a todos impõe uma única linguagem, a da ideologia legitimadora da opressão (cf. Gn 11). Agora os povos  podem compreender a Palavra, “cada qual em sua própria língua” (cf. At 2, 7-12), em sua diferente identidade. Nasce a “Internacional” de Deus…

Nas epístolas paulinas têm lugar especial a Carta aos Romanos (cf. cap.5-8), a Primeira aos Coríntios (cf. cap. 12-14) e a Carta aos Gálatas (cf. cap. 3-5), assim como o Evangelho segundo João (cf. Jo 3; 4; 7; 14, 16-26; 15, 26; 16, 13) e a Primeira Epístola atribuída a São João (cf. especialmente cap. 4-5)…. Percebemos que quando se fala do Espírito Santo se está pensando em três dimensões ou níveis de transformação da realidade humana: é o princípio da renovação da pessoa na semelhança de Jesus/Deus; o princípio que possibilita a vida comunitária (amor); e a coragem do testemunho (cf. Mc 13) em vista da transformação da sociedade humana. Na verdade, o Espírito é o princípio divino em contraste com a fragilidade da carne que caracteriza o ser humano deixado a si mesmo (cf. Rm 7); com Ele instaura-se a possibilidade  de levar o mundo a nova plenitude, a “nova criação” (cf. Rm 8).

Por isso, não se trata simplesmente de uma presença divina em nosso íntimo, consoladora, ou iluminadora ou fortalecedora. Não se trata de uma fonte divina interior para nos inspirar bons sentimentos e motivações para atitudes e comportamentos religiosos. Também não equivale a sentimentos exaltados, como se vê em certos grupos carismáticos de hoje, e já acontecia na comunidade de Corinto (cf. 1Cor 13-14; 2Cor 3). Além disso, de acordo com a Bíblia não se pode aprisionar ou reduzir o Espírito como dom de Deus a Seu povo, numa visão individualista, intimista ou simplesmente religiosa. O Espírito é o princípio divino que nos leva a dar o passo entre simplesmente “gostar de Deus” (esfera da religião) e “se tornar semelhante a Ele”, (esfera do compromisso da fé). É o princípio de nossa transformação pessoal (novos valores, atitudes e comportamentos); da transformação de nossas relações interpessoais (da apartação à comunhão); e da transformação cósmica, universal da Criação, mediante o exercício da solidariedade mundial, da luta pela justiça, através de novas relações econômicas, sociais e políticas entre nós, e através do cuidado para com nossa Mãe-Terra, a Casa Comum.

Assim, a Comunhão Anglicana compreende a missão da Igreja e a tem formulado desde há muitos anos atrás nas chamadas “Marcas da Missão”, o Povo de Deus, enquanto ministro de Deus para o estabelecimento do Xalôm universal, tão sonhado pelo grupo de discípulos e discípulas do profeta Isaías (cf. Is 2, 1-5).  De forma semelhante fala a Igreja Católica Romana, quando publica uma de suas declarações mais importantes do ponto de vista doutrinal, ao declarar, no Concílio Vaticano II que a Igreja é como “sacramento”, sinal e instrumento da união com Deus e da unidade humana (cf, Constituição Lumen Gentium). Na verdade, os dons são testados em sua autenticidade por nossa capacidade de amar, de estar a serviço das pessoas, desde as relações imediatas e interpessoais até as relações que se cristalizam em estruturas da sociedade, Os dons do Espírito nos assimilam a Deus, nos vão transformando em Sua semelhança e nos conferem a certeza íntima de que estamos em Deus, não simplesmente “diante de Deus” ou com  Deus, mas em Deus, como água ou vento em que nos sentimos mergulhados(as). Não se trata de certeza meramente mental ou simplesmente afetiva , mas de experiência que move e situa nossa vida toda numa dimensão radicalmente para além de nós; não é de conhecimento de que se trata, trata-se de experiência\ pessoalcomunitária e sócio-política de transformação de nossas vidas (cf; Fl 1-2). Eis o que se nos revela na Festa de Pentecostes!

                       O Espírito é Deus em Nós  (cf. Sl 139):

A Revelação de Deus não está vinculada as instituições cristãs, nem mesmo a qualquer contexto religioso. Também Deus não se revela como “algo” ou “alguém” vindo de fora de nós. Seu nome bíblico YHWH é significativo: “EU SOU”,  “EU ESTOU AÍ”, “EU ESTOU CONTIGO”, (cf. Ex 3,15)   Nem se revela em Si mesmo, mas para nós e em nós, como dimensão salvífica de nós. Ele nos preenche, “in-habita”, como é próprio da relação entre as pessoas (cf. Jo 14-17) e nos capacita a sermos semelhantes a Si e  abrir-nos para fora e para além de nós, aí é o “lugar” de Sua revelação. Era bonito ver o poeta Ferreira Gulart a dizer com toda convicção no olhar: “O sentido da vida são as outras pessoas”:

Quem se lança para além de si já lançou fora o medo de perder-se, já se acha, se encontra, se possui em Deus (cf. 1Jo 4,18-20). É por isso que “quem ama nasceu de Deus e conhece (por experiência) Deus…Pois, Deus é amor” (1Jo 4,7-8).

[email protected]
domsebastiaoarmandogameleira.com

Obs: O Autor é Bispo Emérito da Diocese Anglicana do Recife
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil – IEAB….

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