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“Sinto
O tempo passar
Amigo meu
Trazendo lembranças
De quando
Ele era grande
Eu, pequenina
A vida era solta
Eu, segurando as mãos
Dos meus pais
O tempo menor
A luta diária
Insegurança
Nos próprios passos
Com os próprios atos
Mas ele está aqui
O senhor tempo
Ensinando sabedorias
Em novembro acordarei
Filhos criados –
Terei o medo?
Incerteza nos
Caminhos que trilhei?
Mas o tempo
Oh, amigo tempo
Virá me dizer baixinho
Com a voz do meu avô
Que tudo valeu a pena
E que o meu tempo
Ainda
Não acabou”
(“Cinquenta”, Patricia Gonçalves Tenório, 18/05/2019, 07h03)
Obs: Imagem enviada pela autora (Praia do Paiva – PE)
Patricia Gonçalves Tenório (Recife/PE, 1969) escreve prosa e poesia desde 2004. Tem onze livros publicados, com premiações no Brasil e no exterior, entre elas Melhor Romance Estrangeiro por As joaninhas não mentem (em outubro, 2008) e Primo Premio Assoluto por A menina do olho verde (em outubro, 2017), ambos pela Accademia Internazionale Il Convivio, Itália); Prêmio Vânia Souto Carvalho (2012) da Academia Pernambucana de Letras (PE) por Como se Ícaro falasse, e Prêmio Marly Mota (2013) da União Brasileira dos Escritores – RJ pelo conjunto da obra. Mestre em Teoria da Literatura (2015, UFPE) e doutora em Escrita Criativa (2018, PUCRS).