1 de maio de 2019
Era noite de domingo
Alguns querendo curtir
Bebendo cerveja gelada
Outros tentando dormir
A polícia fecha o bar
E manda o povo sair.
Ânimos exaltados
Gritaria e discussão
Vizinhos bem curiosos
Pra saber da confusão
Tinha mulher que bebia
E se jogava no chão.
Mas o policiamento
Já estava decidido
Não iria permitir
Aquele povo atrevido
Fazer baderna na rua
Aqui não é permitido.
O dono do bar, coitado
Nem ao menos reagiu
Sabia que estava errado
Apenas se referiu
Agradecendo a polícia
E do bar se evadiu.
Mas tinha uma cliente
Que não se deu por vencida
Xingou os homens da lei
Ela estava decidida
Falou algumas verdades
E não foi repreendida.
Gritou em alto e bom tom
Pra polícia ir trabalhar
Fechar as bocas de fumo
E parar de fechar bar
Pois o crime verdadeiro
É cheirar pó e fumar.
Continuou seu protesto
Falando de sua intenção
Que mesmo com o bar fechado
Iria dar seu sermão
Pra polícia se mandar
E não dar voz de prisão.
Falou em comprar cachaça
Pra sua revolução
Desafiou a polícia
A cumprir sua missão
Pois ela queria ver
Quem mandava nesse chão.
A polícia foi embora
A porta do bar fechou
Não teve mais algazarra
A mulher se comportou
E eu não vi nada disso
Mas alguém me relatou…
Obs: O autor é Professor da Rede Pública Municipal de Santarém.
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA. Técnico em Educação na Rede Estadual. Especialista em Ciências Sociais para o Ensino Médio e autor do livro – Brinquedo: Contos e Poesias.