(parodiando tristemente Mestre João Cabral de Melo Neto)
Uma Educação pela bala, por tiros,
para aprender da dor, domesticá-la,
captar seu grito absurdo, coletivo,
(pela de explosão ela começa as aulas).
A lição de moral, sua arma fria
ao que morre e a morrer, a ser matada;
a de poética, sua baladura concreta;
a de economia, seu penetrar-se dilata:
lições da bala (de fora para dentro,
cartilha muda), para quem dispará-la.
Outra educação pela bala: no Brasil
(de dentro para fora, e pré-midiática).
No Rio a bala não sabe ensinar,
E se ensinasse, não ensinaria nada;
Lá não se aprende a bala: lá a bala,
Uma bala de nascença, entranha a alma.
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Obs: O autor é Jornalista e Gestor Cultural