1 de maio de 2019
Cedo ainda
para acender as luzes.
Quero teto e chão,
mesmo que úmidos.
Comendo poeira,
deserto de areia,
escuridão sem risos,
suspiro enojado.
Dessa desumanidade
que lenta se afoga.
Desesperança,
lança que mata!
Camadas de desalento,
tristezas empilhadas,
roupas amarrotadas,
olhos de secas lágrimas.
Esta covardia, que nem dorme, nem acorda.
Haverá piedade?
Todos os frágeis ontens
construindo incertos hojes.
Desequilíbrio bastardo…
Algo em mim já nem é,
nem mesmo se move.
Atônita, ainda que viva
no casulo do agora que me intriga
Obs: A autora é poeta, administradora e editora da Revista Perto de Casa.
http://pertodecasa.rec.br/
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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