elza fraga 15 de abril de 2019

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Anda – criança –
que te esquece
que há vida!
Que até te cansa
pra poder dormir…

Anda que ainda não
viste nada
e quando grita teu sofrer
na madrugada
está egoísta pensando só em ti!

Anda – menina –
caminha na calçada.
tropeça no bêbado da esquina.
Seja assaltada. espoliada.
Violada.
Sai para a vida
com os olhos do horror.
Gastaste o que a vida
nunca dá de graça…
Gastaste o amor!

Anda – mulher –
reclama tuas queixas.
Grita – louca –
tuas dores por aí…
Ninguém vai, sequer,
parar pra ouvir.

Descobre logo que o mundo
é traiçoeiro.
Bota a cara na rua,
fere o medo.
Abre o peito pra todo sofrimento.
Não faça toda a dor enclausurada…

Mata o segredo!

Porque estas lágrimas
que te escorrem cara a fora,
não são nada comparadas
as que choram
as pessoas bem mais tristes
do que és triste!

Não vês, burra,
que a felicidade não existe
e é apenas um mito que inventaram
para ajudar a suportar o sofrimento?

Toma juízo – Elza –
ainda dá tempo!

Obs: Poema de 2003, ano em que poetar começou a ser mais dor que prazer.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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