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Anda – criança –
que te esquece
que há vida!
Que até te cansa
pra poder dormir…
Anda que ainda não
viste nada
e quando grita teu sofrer
na madrugada
está egoísta pensando só em ti!
Anda – menina –
caminha na calçada.
tropeça no bêbado da esquina.
Seja assaltada. espoliada.
Violada.
Sai para a vida
com os olhos do horror.
Gastaste o que a vida
nunca dá de graça…
Gastaste o amor!
Anda – mulher –
reclama tuas queixas.
Grita – louca –
tuas dores por aí…
Ninguém vai, sequer,
parar pra ouvir.
Descobre logo que o mundo
é traiçoeiro.
Bota a cara na rua,
fere o medo.
Abre o peito pra todo sofrimento.
Não faça toda a dor enclausurada…
Mata o segredo!
Porque estas lágrimas
que te escorrem cara a fora,
não são nada comparadas
as que choram
as pessoas bem mais tristes
do que és triste!
Não vês, burra,
que a felicidade não existe
e é apenas um mito que inventaram
para ajudar a suportar o sofrimento?
Toma juízo – Elza –
ainda dá tempo!
Obs: Poema de 2003, ano em que poetar começou a ser mais dor que prazer.