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Caminhava pelas ruas de um bairro nobre arrastando consigo suas frustrações. Cruzou com um mendigo. “Também sou como ele”, pensou enquanto apertava os passos. “Um ninguém. O mundo também me ignora por completo”. E assim ia, em sua caminhada vespertina, com o fardo de sua melancolia. A noite se aproximava. Ao passar em frente a uma casa, uma lâmpada se acendeu. Depois se apagou. Ele deu um passo atrás: fez-se luz novamente (era umas dessas lâmpadas com sensor de presença). Ele riu. “Ora, ora. Não sou tão invisível assim…”
Seus passos seguiram mais leves.
Obs: O autor é escritor e editor. Também é sócio-proprietário da Editora Penalux.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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