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Chora a África
o choro quase inaudível:
no mapa do preconceito
Moçambique é um ponto cego.
Carrego nos ombros
uma fração da cruz da humanidade
que devastou florestas
para encher as burras.
Tão culpado quanto o machado
é a inércia de quem crê
não ter nada a ver com isso.
Os bicos não canoram mais,
nem piam;
pois, ora, os voos são idas
sem volta
pela falta de colos.
As travessuras da natureza
vão se sucedendo
à sucessão das agressões
dos punhos da cobiça.
Quem dera o verso pudesse
desfazer essa premissa.
Obs: O autor é membro da Academia Pindamonhagabense de Letras é autor de: Lágrimas de Amor – poesia; O sapinho jogador de futebol – infantil; O estuprador de velhinhas & outros casos – contos; Histórias de uma índia puri – infanto-juvenil; O casamento do Conde Fá com a Princesa do Norte, e Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda – cordéis.
Imagem enviada pelo autor