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A estrada de terra.
Infinita estrada de terra.
Entre campos verdejantes e a mata mineira,
passou a estrada de terra.
A enxada e a roça.
A roça e as estrelas.
A roça e a família.
A roça e a estrada de terra.
Virou asfalto.
Asfalto quente, suado.
E o tempo escorrendo por entre os dedos.
Flor do mato que amadurece, cachoeira que corre.
Entre perdas e ganhos se deu a vida.
E ficou para trás a estrada de terra.
Camisa xadrez, jaqueta e chapéu na cabeça,
mais uma lembrança da famosa estrada de terra,
mais uma lembrança de respeito, de carinho;
Do nosso sentimento patriarcal.
E em bifurcações, encontram-se:
Asfalto e Estrada de Terra.
E conduzem para a roça,
para os campos verdejantes,
para o pasto infinito.
E aqui ficam as cachoeiras.
E aqui fica a camisa xadrez.
E aqui fica a estrada de terra.
E ficam eternos e enternecidos,
o carinho e o respeito.

Descansa em paz.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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