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Em meio a lotação, os ouvidos atentaram para a conversa de três alunos adolescentes.
A conversa girava em torno dos livros de Harry Potter. De início julguei como um diálogo de literatura menor, descartável a jugar pelo início da prosa que destacava tão somente a quantidade de páginas de um dos livros da série. Mas a sucessão dos diálogos remeteram para uma discussão mais profunda. Um dos jovens destacou a importância da leitura para a feitura de uma boa redação. Já a outra jovem dizia espantada como surgia tanta imaginação na cabeça da outra para escrever um livro de 700 páginas. O outro jovem retrucava: imaginação também do leitor (para se ater na leitura disso tudo). Nessa deixa veio a frase que parou meu mundo naquele instante (e até agora). Disse uma das jovens: falando sobre adaptação de livros para o cinema, li uma vez que a melhor adaptação para o cinema é a imaginação que o leitor faz do livro.
Obs: O autor é poeta e fotógrafo amador. Trabalha na UFOPA / campus de Óbidos.