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eu penso nas mulheres anônimas
que não têm boca
– mulheres que sufocam no segredo
a esperança proibida;
naquelas hematoficadas
pelas mãos que as despetalam
eu penso nas meninas mercadorizadas
nos cais, estradas, em quaisquer lugares
por preço nenhum,
que capsulam outras crianças
de pai insabido
eu penso na hediondez do homem
que pontua a vida da mulher
sem que ela se aproprie
do próximo parágrafo
eu penso no desequilíbrio
entre flor e pedra
e penso:
há muita praga nos jardins de flor-mulher
Obs: O autor é membro da Academia Pindamonhagabense de Letras é autor de: Lágrimas de Amor – poesia; O sapinho jogador de futebol – infantil; O estuprador de velhinhas & outros casos – contos; Histórias de uma índia puri – infanto-juvenil; O casamento do Conde Fá com a Princesa do Norte, e Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda – cordéis.
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