Gerson F. Filho 1 de março de 2019

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Conhecer-me sempre foi meu objetivo. No inicio apenas uma exploração de sensações, uma jornada no desconhecido que estava em torno de mim. Com alguns imprevistos, e também com certa dose de consequências adversas vai-se caminhando e adquirindo experiência. Desde a própria constituição orgânica até ao oceano de sensações provocadas pelo simples ato de estar aqui. E onde será este aqui? Este lugar curioso o qual eu torno subjetivo.

Teria eu me abraçado ao solipsismo?  Tudo que me circunda é só isso mesmo? Um contexto frívolo, efêmero, onde a beleza e tantas outras maravilhas não são suficientes para aplacar o desejo de tantos que ocupam o mesmo plano? Confesso que tudo o que vivi e experimentei até agora, ainda não me fez compreender o que o outro deseja.

Porque meu desejo sempre foi conhecimento, aprender mais sobre o ambiente, trazer para mim, a novidade, e com ela enriquecer meu acervo de capacidades. E claro, ter prazer com isso porque a satisfação faz parte do jogo, o que, claro não pude deixar de notar, ser uma tarefa impossível para determinadas pessoas.

E que aqui se coloque a outra pessoa como o antagonista, aquele que confronta que se opõe ao seu ângulo de visão da realidade. Aprendi que a luta pela sobrevivência digna é cruel, e que o aleivoso elemento sempre espreita nas sombras, com um sorriso sínico nos lábios. O que vier de agora em diante será encarado como o final do roteiro.

Pode ser emocionante, pode ser enfadonho, o que tive de produzir nesta narrativa já produzi. Não pude aplacar a insatisfação congênita de terceiros, mas tentei, e como tentei. Não considero uma derrota, tudo é aprendizado. Até investir tempo onde mora o impossível.

Obs: Imagem enviada pelo autor

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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