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O ano chega
E as palavras
Somem
Se escondem
Em um recanto
Mais escuro
Onde
Luz
Amor
Poesia
Não conseguem
Alcançar
Mas vem um
Amor futuro
Desses que
Nos tiram
Os pés do chão
E nos fazem
Desenhar
Estrelas
Desejar
Sermos bons
E belos
As cores
São mais vivas
Os sonhos
Mais alegres
E o arco-íris
Já nasce
Nas chuvas de
Janeiro”
(“O primeiro dia”, Patricia Gonçalves Tenório, 02/01/2019, 12h43)
Obs: Patricia Gonçalves Tenório (Recife/PE, 1969) escreve prosa e poesia desde 2004. Tem onze livros publicados, com premiações no Brasil e no exterior, entre elas Melhor Romance Estrangeiro por As joaninhas não mentem (em outubro, 2008) e Primo Premio Assoluto por A menina do olho verde (em outubro, 2017), ambos pela Accademia Internazionale Il Convivio, Itália); Prêmio Vânia Souto Carvalho (2012) da Academia Pernambucana de Letras (PE) por Como se Ícaro falasse, e Prêmio Marly Mota (2013) da União Brasileira dos Escritores – RJ pelo conjunto da obra. Mestre em Teoria da Literatura (2015, UFPE) e doutora em Escrita Criativa (2018, PUCRS).