D. Demétrio Valentini 1 de fevereiro de 2019

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Passadas as festas do ano novo, o calendário se encarrega de nos lembrar os compromissos. Chega fevereiro, comparece o carnaval, as aulas retomam seu horário.

São indicativos claros da caminhada conjunta que cada ano nos propõe.

Neste contexto, nos damos conta da importância das atividades comunitárias, que nos congregam como igreja.

De fato, é nesta época do ano que costumam retornar, em sua plenitude, os “planos pastorais”, tanto das dioceses, como das paróquias e comunidades.

As abelhas nos dão um bonito exemplo, de laboriosidade, mas sobretudo de trabalho organizado e articulado. Olhando a azáfama com que todas vão e vêm, poderíamos pensar que resultaria uma confusão geral. Mas, ao contrário, todas trabalham obedecendo a um maravilhoso planejamento, que o seu próprio instinto garante, como fruto da sábia natureza.

Nós não somos abelhas. Não somos determinados por um instinto. Mas somos chamados a construir uma comunhão mais sublime do que um favo de mel. Somos vocacionados a participar do mistério profundo e grande da comunhão  na Trindade divina, que se traduz em nossa participação na vida da Igreja, pela qual nos associamos ao mistério de comunhão de Deus. Quem nos guia não é o instinto, mas o Espírito de Deus.

Aí está o fundamento da urgência em perceber que nossa participação de cristãos, na missão da Igreja, precisa ser coordenada por um plano, que traduza na prática a proposta de vida em comunhão, que o Cristo nos testemunhou.

Como roteiro básico deste plano de ação, a Igreja sempre segue, em seu “ano litúrgico”, as pegadas da vida de Cristo. A quaresma é o exemplo mais claro destas pegadas do Mestre, que queremos seguir.

Dentro deste roteiro é que precisa ter lugar a proposta concreta de cada diocese, de cada “igreja particular”, para que nossa ação de cristãos seja articulada, e não desperdicemos nossas energias com ações que não colaboram para o crescimento da comunhão que une a todos. Vale a pena buscar, sempre mais, o entrosamento de nossa ação de cristãos no projeto de Igreja que sustenta nossa caminhada.

Obs: O autor é Bispo Emérito de Jales.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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