1 de janeiro de 2019
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Atirei minh’alma no varal do arrependimento
veio um vento arrepiento e, logo depois,
um toró de estranhos pensamentos
e ela saiu mais encharcada do que nunca.
Joguei minh’alma no varal da culpa
veio uma ventania confusa e, logo depois,
uma cachoeira de pesar por demais graúda
e ela ficou mais pesada do que uma deusa rotunda.
Pendurei minh’alma no varal do tempo
veio um vento breve, lento, lento e, logo depois,
uma brisa leve e uma quieta onda de esvaziamento
e, só então, ela se livrou da sua arcaica agonia profunda.
Obs: Imagem enviada pelo autor
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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