1. Dizia um camponês, ‘comunismo deve ser bom pra pobre, porque se fosse ruim, já tinha chegado’. Só uma mente doentia pode imaginar o fim de uma tendência, presente na sede humana, em todos os tempos. Nada mais diabólico que pregar a intolerância, divisão e morte, usando o medo e a religião para lucrar com exploração do trabalho.
2. O capitalismo é um sistema econômico, político e ideológico que defende a propriedade privadados meios de produção e a acumulação de capital pela apropriação da riqueza gerada pelo trabalho. Como isso produz a desigualdade, usa o Estado e o aparato ideológico para conter a reação e obter o consentimento da classe que trabalha.
3. O socialismo, em oposição ao capitalismo, é o sistema político, econômico que propõe a posse coletiva dos meios de produção, a supressão da propriedade privada e a divisão de classes. Na fase inicial, estimula a produção da abundância e educa o povo para a solidariedade. Nessa transição cada pessoa recebe conforme seu trabalho – igualdade.
4. O comunismo é a sociedade sem classes e sem opressão; não tem Estado, as decisões são tomadas coletivamente, pela sociedade porque todos participam do processo político, econômico e social. O comunismo avança a proposta socialista, é sustentado na consciência corresponsável e cada pessoa recebe conforme sua necessidade – equidade.
5. Hoje, o sistema dominante é o capitalismo. Nele, a Força de Trabalho produz as mercadorias e o capitalista se apropria do fruto de seu trabalho. A produção das riquezas é social, mas sua apropriação é privada, fica na mão de quem não trabalha. Por isso, o padeiro faz o pão e vai dormir com fome e o pedreiro faz a casa e vai morar debaixo do viaduto.
6. O capitalismo cresce pela apropriação das riquezas e se mantém pela domesticação da classe oprimida. Para isso, usa as escolas, as igrejas, a mídia, a cultura… para o povo não tomar consciência. Quando pressionado, não hesita em reprimir. Seu temor é uma outra ordem onde ninguém passe fome e o progresso seja o povo feliz.
7. No socialismo a produção das riquezas é social, mas sua apropriação é também social. A classe que produz usufrui dos frutos de seu trabalho – quem trabalha mata a fome, não come o pão de ninguém. Por isso, se alguém não aceita a dominação é acusada de desobediente, subversiva, comunista, terrorista, radical, violenta…. inclusive pelos pobres.
8. Boa parte dos pobres aprendeu a ser mandado, receber favores e crer em mentiras divulgadas por revista, rádio, TV, redes sociais… ou pela boca de religiosos, professores, jornalistas, políticos, lideranças populistas…. Sem falar que o poder influi na justiça, no parlamento, no exército, no governo a fim de controlar a classe que trabalha.
9. Na América Latina, o avanço da participação popular despertou o ódio e a voracidade do capital. O império patrocinou golpes, governos fortes (militar ou populista) para suprimir direitos e silenciar o clamor dos setores oprimidos. A mídia convencional, divulga o que interessa aos donos do capital e tenta desmoralizar a resistência popular.
10. Re+existir é a jeito teimoso de sobreviver, de não se render. Como na história, os missionários e militantes, em qualquer sistema e apesar de toda forma de tirania (ditadura, fascismo, imperialismo), não pedem licença para cultivar sua Causa, inspirada no ideal da Vida em Comum, onde não há sobra nem falta, porque tudo é partilhado entre eles. (01.01.2019)

Obs: Imagem enviada pelo autor.