D. Edvaldo G. Amaral 15 de dezembro de 2018

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Foi a 14 de maio passado, em Turim, no Cinema Máximo, pertencente ao Museu do Cinema na capital piemontesa (Norte da Itália), que se fez o lançamento do filme sobre a vida da co-fundadora com Dom Bosco das Filhas de Maria Auxiliadora: Madre Maria Domingas Mazzarello. Seu título: MAÍN – a casa da felicidade. Maín era o apelido de família de Maria Domingas. O filme será a coroação dos festejos dos 140 anos de fundação do Instituto das Irmãs salesianas. O script do filme foi confiado à jovem Irmã salesiana, Ir. Catarina Cangià, catedrática de técnicas da Comunicação na Universidade Pontifícia Salesiana de Roma e diretora de uma escola para crianças e jovens, de 4 a 18 anos, com novas tecnologias e emprego do teatro como aprendizagem do inglês.

Os números deste filme impressionam pela seriedade do trabalho cinematográfico da

Irmã Cangià, acompanhando todos os passos do diretor Simone Spada, que tem formação de direção cinematográfica na USC Film School de Los Angeles. Foram três anos de trabalho, tendo as filmagens, realizadas nos arredores de Roma, reproduzido o aspecto camponês das colinas do Monferrato de Mazzarello e do início do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. Quarenta dias de tomadas, de 8 de agosto a 12 de setembro do ano passado, em oito locações diferentes. Há 15 atores principais e o mesmo número de coadjuvantes. Trabalharam 200 figurantes, além das crianças e jovens dos bairros da periferia romana, que às vezes se misturavam aos atores, sob o olhar benigno de Irmã Cangià. O pessoal técnico eram 56 e foram usadas 600 vestes, com 8 estúdios de filmagem, sendo duas as máquinas filmadoras. A dublagem foi feita em sete línguas, além do original italiano: inglês, francês, espanhol, português, alemão, polonês e japonês. Os letreiros que acompanham a versão original podem ser lidos em vietnamita, esloveno, coreano, croata, eslovaco, tcheco, árabe, tailandês ou flamengo. Isso nos dá a dimensão mundial do trabalho, que as Irmãs salesianas querem imprimir nesta obra cinematográfica em honra de sua Co-fundadora.

Foi trabalho feito com coração e paixão da jovem Irmã salesiana, Catarina Cangià, que seguiu atentamente toda a preparação, a produção e a pós-produção desse filme. Ela declarou ao Bollettino Salesiano: “Em agosto, quando sair os DVDs do filme, se completarão três anos, que vivo unicamente com este pensamento, que se transformou em pesquisas e estudo das biografias, cartas e documentos de nossa Madre, que me era uma companhia constante. Parecia-me que Santa Mazzarello me estava vizinha ao que eu estava projetando e depois realizando.”

Declarou ainda: “No filme procurei usar linguagem cinematográfica de hoje, acessível aos jovens e aos leigos e leigas, desejosos de conhecer a vida e a mensagem da Madre. No título Maìn, a casa da felicidade, pretendo traduzir uma frase que a Madre gostava de repetir: “Mornese (sua cidade natal e berço da Congregação) era a casa do amor de Deus. ˂˂Casa˃˃ diz relação, amor que circula. E felicidade é fruto do amor. Mornese não só foi casa para nossa Santa, mas se tornou casa para as jovens que lá se formaram. E ensinou, ontem para as primeiras Irmãs e hoje continua para nós, suas filhas, a ensinar a ser casa para as jovens de todo tempo e lugar.”

À Gaia Insenga, protagonista que interpreta Maín adulta, Irmã Catarina advertiu: “Todo o mundo verá Maín através de teu olhar, através de teus gestos.” E a Irmã conclui sua entrevista: “Parece-me que ela o conseguiu; o seu sorriso atingirá o coração de muitos…”

Obs: O autor é arcebispo emérito de Maceió.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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