Guardei as garras e as presas
Na gaveta da cristaleira
E saí de casa
Apenas com a pele
Os olhos
e uma pitada de malícia
O mundo é vasto
Os telhados tantos
O canto dos felinos tão diversos
Encontrei alguns iguais
Reconhecemo-nos pelo cheiro
Um grito de criança rasga a escuridão
“o horror o horror o horror”
Somos tantos e tão poucos
O mundo é tão estreito
E a noite cheia de beleza e horror
Eu não deveria ter saído sem as garras
Obs: A autora formada em Artes Plásticas, pela UFPE, desenvolve em cima de técnicas de desenho, pintura e gravura seu corpo de obra, pensando um campo pictórico de convivência entre texto e forma.
Tem cinco livros publicados sendo um de desenhos e três de poemas, publicados em três coletâneas e um poema premiado com o segundo lugar no concurso de poesia do SINTEPE – 2010. A autora também ilustra livros infantis e é ilustradora científica do laboratório de morfotaxonomia do CCB-UFPE