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Você percebe que Manaus, mesmo sendo uma cidade de muito calor, ultimamente está ficando mais quente ainda? Não vá botar culpa no verão, que ele contribui, mas não é o principal responsável por esse desastre que aumenta a cada ano. Então, a que você atribui esse aumento de calor, não só em Manaus, mas em Santarém e em toda a Amazônia? Se pensou no desmatamento intenso que está havendo em nossa região, acertou.

O Instituto Nacional de Pesquisa Espacial, o INPE confere através de satélite como acontece o desmatamento de nossas florestas. De 2004 a 2018 a Amazônia já perdeu 139,100 quilômetros quadrados de floresta. Os estados que mais derrubaram floresta de agosto 2017 a junho 2018 foram: Pará derrubou 2.840 kms2; Mato Grosso: 1.749 kms2; Rondônia 1.314 kms2; Amazonas 1.045 kms2, o quarto maior destruidor de florestas. Você pode perguntar, mas onde estão desmatando no Amazonas, não é o Estado de mais floresta do país? Sim e não. Sim, por ser o Estado com maior território; mas quando se descobre que lá no sul do Estado, em Boca do Acre, Manicoré e Humaitá, o desmatamento vai sendo intenso por fazendeiros e madeireiros isso explica porque o Estado do Amazonas tem mais floresta derrubada do que os Estados do Amapá, Acre e outros da Amazônia.

Isso também explica porque está aumentando o calor não só em Manaus, Santarém e demais cidades que o digam. E aí fica a questão, que podemos fazer? Cruzar os braços? botar culpa nos outros? Porque os sindicatos, as igrejas, as associações de bairros não fazem uma pressão forte no secretário de meio ambiente do Estado? Por que não exigem uma ação enérgica do novo governador para estancar o desmatamento? Se em cada Estado da Amazônia nós sociedade civil e igrejas cristãos fizermos uma campanha séria o clima pode mudar. Vamos meter a cara? Começar a discutir em nosso grupo de fé e de ação? Não basta orar a Deus, diz o ditado que Deus ajuda a quem madruga, isto é, bota a mão na massa.

Obs: O autor é membro da organização da Caravana 2016
Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhã? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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