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Eu sou aquele menino
Que o tempo foi devorando,
Travessura entardecida,
Pés inquietos silenciando
Na rotina dos sapatos,
Mãos afagando lembranças,
Olhos fitos no horizonte
À espera de outras manhãs.
– Ai paletós, ai gravatas,
Ai cansadas cerimônias,
Ai rituais de espera-morte!
Quem me devolve o menino
Sem estes passos solenes,
Sem pensamentos grisalhos
Sem o sorriso cansado!
Que varandas me convidam
A ser criança de novo,
Que mulheres, só meninas,
Me tentam a cabular
As aulas do dia a dia?
Eu sou aquele menino
Que cresceu por distração.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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