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Você pode

Nem me ver

Nem me enxergar

Mas o sol

Brilha mais forte

No céu

Mais azul

Deslizam nuvens

Branquinhas

A me chamar

*

Você pode

Não me ouvir

Não me escutar

Mas o bem-te-vi

Cantou mais cedo

O som das folhas nas árvores

A brisa a me contar

*

Que hoje

É dia de sim

Dia de se acordar

Sair para a vida

De peito aberto

Pés descalços

*

Abraçar o mar

(“Porque, afinal, o mar existe”, Patricia Gonçalves Tenório, 28/09/2018, 07h37)

Obs: Imagem enviada pela autora.

Patricia Gonçalves Tenório (Recife/PE, 1969) escreve prosa e poesia desde 2004 e tem onze livros publicados, com premiações no Brasil e no exterior, entre elas, Melhor Romance Estrangeiro (2008) por As joaninhas não mentem, e Primo Premio Assoluto (2017) por A menina do olho verde, ambos pela Accademia Internazionale Il Convivio (Itália); Prêmio Vânia Souto Carvalho (2012) da Academia Pernambucana de Letras (PE) por Como se Ícaro falasse, e Prêmio Marly Mota (2013) da União Brasileira dos Escritores (RJ) pelo conjunto da obra. Mestre em Teoria da Literatura pela UFPE, atualmente é doutoranda em Escrita Criativa na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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