15 de outubro de 2018
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E esperei como de praxe a sua vinda. Na segunda faltou. Na quarta não apareceu. Na sexta, se quer um sinal de vida. E essa sua ausência me deixou preocupado, apreensivo. Nunca foi de faltar. Atrasar? Jamais. Vinha religiosamente em minha rua nos dias certos. Na hora marcada. E agora com tão prolongada ausência os moradores sentem. A rua agoniza com resquícios dos mais variados. Os urubus por cá já querem fazer morada permanente. Logo aparecerão as cabeças de boi, os acaris, as “roupinhas” de bebê…
Mais de uma semana guardando lixo fedido dentro de casa.
Carro de lixo cadê você.
Obs: O autor é poeta e fotógrafo amador. Trabalha na UFOPA / campus de Óbidos.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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