15 de outubro de 2018
A Marísia
Eis o homem.
Não havia ali, porém, qualquer julgamento,
nenhuma decisão a tomar.
Era antes uma reunião fraterna,
um ágape, alguns diriam.
Eis o homem.
Trazia sua bagagem de sonhos sonhados
e as mãos calejadas, de seu trabalho honesto.
Foi em seu tempo um homem bom, e justo, e digno,
sem nunca sucumbir às tentações que povoam nosso mundo.
Por isso, chegava com livre trânsito àquelas
dependências brancas da paz, onde aguardavam-no
com simpatia calorosa e amável,
com carinho, alguns diriam.
Eis o homem,
e se chamou Antônio.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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