Patricia Tenório 26 de setembro de 2018

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Descubro
Na palavra
Um suporte
No qual me apoiar
Um alívio
Em desabafar
A angústia
De não ter controle
A Patricia
Sem linha
Caneta
E cor

Na palavra
Me descubro
Inteira
Portadora
Do segredo
Mais íntimo
Mais âmago
Que nem eu mesma
Sabia

Sorrio
Quando
A caneta
Sulca o papel
Em letra de forma
E reconheço ali
Todo um sentido”

(“Toda poesia”, Patricia Gonçalves Tenório, 14/08/2018, 15h34)

Obs: Imagem enviada pela autora.

Patricia Gonçalves Tenório (Recife/PE, 1969) escreve prosa e poesia desde 2004 e tem onze livros publicados, com premiações no Brasil e no exterior, entre elas, Melhor Romance Estrangeiro (2008) por As joaninhas não mentem, e Primo Premio Assoluto (2017) por A menina do olho verde, ambos pela Accademia Internazionale Il Convivio (Itália); Prêmio Vânia Souto Carvalho (2012) da Academia Pernambucana de Letras (PE) por Como se Ícaro falasse, e Prêmio Marly Mota (2013) da União Brasileira dos Escritores (RJ) pelo conjunto da obra. Mestre em Teoria da Literatura pela UFPE, atualmente é doutoranda em Escrita Criativa na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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