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Foi o lobo mal? – Não, não foi. Do lobo a menina fugiu correndo. Subiu árvores, escalou montanhas. Tomou atalhos chegou ao destino.
Tratou das vovozinhas e o animal ficou a ver galinhas lá pras bandas do sertão.
Foi o extra-terrestre em seu OVINI prateado? – Não, não foi. Do ET fugiu em tapete vermelho alado, despistou o danado sobrevoando cidades, prédios, florestas e mares. E o mascarado ficou a ver calafrios.
Então foi o exterminador? – Não, não foi. Deste, conectou-se ao passado transportou-se por galáxias, escondeu-se nas estrelas e o matador ficou a ver pôr-do-sol em planetas distantes com olhares de amante a viver em extensão.
Quem foi então? – Foi um menino de sorriso eleito, pegou suas mãos encostou em seu peito. Falou de um sonho, um sonho perfeito. E fez da menina gato e sapato. E a jogou na sarjeta. Cachorra adestrada, mulher mal amada, escrava engajada.
E o salafrário ficou a ver o quê? – Não, não ficou. Pegou a estrada, depois que deixou a menina tal qual laranja chupada no solo abandonada em bagaço estraçalhada.
Morreu? Não, não tinha forças para tanto. O patife quebrou o encanto e levou a inocência da menina naquele manto de pequeno príncipe e político “santo”.