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Optei em construir a casa com janelas e portas de vidros. Blindex para ser mais chique. No entanto, mal sabia eu que perderia a privacidade por completo.
Foi num dia qualquer. As janelas estavam sem as cortinas. Foi tão cedo da manhã que não dei por conta se foi real ou sonho-pesadelo.
No último toque do despertador do celular vi pela janela um vulto rápido. Não identifiquei quem era. Durante aquele dia a sensação de preocupação pois algo me dizia que estavamos sendo vigiados constantemente.
No dia seguinte, e nos dias que se parassaram a mesma regra: vultos passados rapidamente pelas janelas e portas. Quem seria? Importunado pus as cortinas na tentativa de recuperar a privacidade roubada.
Certo dia, então, fiz tocaia. Não tardou o bisbilhoteiro revelou-se. Revelaram-se… Estavavam reunidos em bando tentando arrombar a porta da cozinha. Cada um bicava de forma intensa e estridente a porta de vidro. Sim. Eram passarinhos. Passarinhos não! Pássaros austuciosos que nos enlouqueciam com suas bicadas.
Hoje acordei e percebi que novos elementos se juntaram ao bando.
Continuará a invasão de privacidade. E quiçá, nenhuma janela seja arrombada.
Obs: O autor é poeta e fotógrafo amador. Trabalha na UFOPA / campus de Óbidos.