Patricia Tenório 15 de setembro de 2018

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Tento
Me expressar
Na folha
Plissada
Luto
Por derramar
O que sobra
Aqui no peito
O que inscrevo
No papel
Pautado
Feito corte
Na pele crua

Feito toque
Na pele nua
Nasce assim
O poema
Abrindo as asas
Da página
Em branco
Como se estivesse
À beira
Do precipício

(“Ícaro fala”, Patricia Gonçalves Tenório, 04/08/2018, 05h18)

Obs: Imagem enviada pela autora.

Patricia Gonçalves Tenório (Recife/PE, 1969) escreve prosa e poesia desde 2004 e tem onze livros publicados, com premiações no Brasil e no exterior, entre elas, Melhor Romance Estrangeiro (2008) por As joaninhas não mentem, e Primo Premio Assoluto (2017) por A menina do olho verde, ambos pela Accademia Internazionale Il Convivio (Itália); Prêmio Vânia Souto Carvalho (2012) da Academia Pernambucana de Letras (PE) por Como se Ícaro falasse, e Prêmio Marly Mota (2013) da União Brasileira dos Escritores (RJ) pelo conjunto da obra. Mestre em Teoria da Literatura pela UFPE, atualmente é doutoranda em Escrita Criativa na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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