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Chegou a hora de gritar, pressionar e fazer nosso grito tão forte que assuste autoridades, corruptos e exploradores dos trabalhadores e dos pobres, que assuste políticos corruptos e oportunistas que só se preocupam com eleitores em tempo de campanha eleitoral.

Mas por que esse grito agora, quando as eleições só serão em outubro? Mas me diga você ouvinte, quem entre nós não está sendo excluído neste país? Imagine que um vereador de Santarém usufrui um salário de 10 mil reais por mês, quando o salário mínimo para o próximo ano terá uma ajuste de apenas 40 reais, passando para apenas 990 reais. Excluídos são todos os trabalhadores que perderam seus direitos trabalhistas e direito a aposentadoria aos 35 anos de contribuição ao INSS, excluídos são milhões de desempregados, todos que vivem em ocupações em áreas públicas, como ali no bairro Vista Alegre do Juá e na ocupação da área da Vigia; excluídos são estudantes que o Ministério da Educação cortou verba para universidades e o governo estadual paga mal professores do ensino médio; excluídos somos todos nós da Amazônia que vemos os navios passarem carregados de minérios, madeira e soja e nós ficamos com os buracos, o desmatamento e a contaminação dos venenos chamados agrotóxicos. Excluídos são tantos outros de uma forma ou de outra.

Daí a importância de sairmos do comodismo e darmos um grande grito de basta, na semana da pátria. Basta de sermos enganados por políticos corruptos e oportunistas; basta de administradores públicos, que preferem apoiar construções de hidroelétricas e portos graneleiros e descuidar das necessidades da coletividade. O grito dos excluídos deve ir além da marcha da semana da pátria, mas começa ali. São convocados a ir às ruas todos e todas que de uma forma ou outra somos excluídos de alguns direitos. Sindicatos de comerciários, servidores públicos, trabalhadores e trabalhadoras rurais, pescadores da Colônia Z 20, Sintep, Simprosan, Famcos, Unecos, igrejas cristãs que de fato seguem Jesus.

Neste mês de agosto que chega será hora de cada grupo refletir sobre as causas de tantas exclusões sociais e motivar seus e suas congregadas a participar do grande grito na semana da pátria.Mas não basta a marcha do grito de um dia. O eco daquele grito deve chegar até o dia 5 de outubro diante das urnas eleitorais. Tanto em Santarém, como em Belterra, Mojuí, Cuaruá, Alenquer, nas comunidades rurais e em toda a região. Esse será o grito ainda mais forte, participando da votação. Serão cinco gritos com votos para presidente, governador, depurados federais e estaduais além de senador. É verdade que não está fácil de escolher candidatos honestos, competentes e ficha limpa. A desconfiança da política e dos políticos está geral. Abusaram demais de nossa confiança vereadores, deputados, governador, deputados e senadores, chegando a ditadura Michel Temer.

É certo que não podemos votar nulo, nem em branco, nem deixar de votar, pois isso só favorece os mais incompetentes serem eleitos. É preciso dar o grito na hora do voto. Daí que não podemos deixar para a última hora a escolha dos nomes. Nesses 80 dias que faltam para o dia cinco de outubro, você e eu precisamos pesquisar, analisar, conversar com pessoas de nossa confiança que possam nos ajudar a escolher candidatos honestos, competentes e com passado comprometido com o bem comum dos trabalhadores e dos pobres. Quem apoia construção de portos na boca do Maicá e apoia agronegócio, ou quem apoia Michel Temer no Congresso nacional esses deverão sumir da vida pública. Não será uma tarefa fácil porque muitos lobos se vestem com pele de ovelhas. Mas nós cidadãos e cristãos temo um compromisso com o bem de nosso povo.

Obs: O autor é membro da organização da Caravana 2016
Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhã? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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