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Desenho a noite fria. Tua presença se faz. Pelas ruas, a chuva fina disfarça a solidão das luzes (seria possível?). Continuo: há a saudade das horas de sentir teu olhar – o doce, o amargo, o riso, o triste e o afeto. O que é a vida? Prossigo: emerge em mim o silêncio de alguns poemas. Pensei em tua voz. E te vi e te soube a construir teu dia, teu trabalho, teu cansaço, teu descanso. Seria possível esboçar o existir dentro dessa noite? Tão simples: algumas vezes o refazer se diz com o gesto da mão que encontra teu corpo. Beijo teu rosto. O desenho sorri e a noite se permite contente em mim.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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