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A propriedade era estranha, não se igualava a um deserto muito menos a um campo fértil. Seu olhar se concentrava no chão onde notava inúmeros pontos brilhantes.

Sim eram pedras preciosas. Lapidadas, em diversas formas e inúmeros tamanhos. Pensou em colher algumas, carregar consigo a grande fortuna.

Uma voz meiga sugeriu: “ao invés de pegar sem autorização, porque não pede ao dono do terreno, eu o conheço é um homem muito bom, com certeza lhe dará permissão para retirar quantas pedras preciosas quiser”.

E assim fez, caminhou até a casa onde o senhor do local já a aguardava e pediu: “Senhor, notei por todo o caminho pedras preciosas iluminando o trajeto, vim lhe pedir algumas, sei do grande valor de cada qual. Se me der algumas serei provida de grande fortuna na terra de onde vim”.

E o dono do local lhe respondeu: “sim, pode colher quantas quiser, toma leva este pequeno receptáculo para ter onde carregá-las”.

A mulher seguiu colhendo diamantes lapidados pelo caminho. Ao retirar do chão um diamante observou ter dentro deste uma mancha escura e observou: “veja este não tem valor”. Logo o atirou longe de si. E seguiu colhendo as pedras por todo caminho de volta. Somente, diamantes perfeitos lapidados.

Grande fortuna guardada em uma pequena bolsa doada de coração. Acordou do real sentindo-se a pessoa mais rica do universo. Compreendeu a mensagem. Alguém em algum lugar possuía grande tesouro, disposto a lhe entregar quando quisesse. Bastaria ir de encontro ao doador, pedir e seguir colhendo a fortuna que mudaria sua vida para sempre.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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