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como as águas que deságuam em oceanos
a chuva permanece inundando meu sentido
…procuro um abrigo…
em mim um corpo molhado suado
gotas peroladas em véu sombras-silhuetas
e grandes espectros escuros que desenho
neste espaço-quadro-vida
…chuva sem fim…

pálida sombra em aparência
insistência que vai e volta
segue a rotatividade
do sol que se esconde por vezes
ao breve aparecer de nuvens solidão
ligeiras nódoas inseparável companhia
…chove… …assim …

acompanha o suor
…desta luta sem fim…

a futilidade do tempo que escorre
entre as valas de vidas vagas
…voam…
como a sombra que percorre espaço
sol que amanhece e adormece
…sono lento…
dimensões humanas, melancólicas
sombras que passam iludidas
atmosferas que se elevam e flutuam
…entre nuvens…

regadas em lágrimas desta vontade
louca de existir por um momento
sem trovoadas, sem chuvas ao relento
e banhada de vida somente em viver

floresce ar que se respira
em plenitude de estar neste instante
preenchendo o vazio que
inunda vidas nesta chuva-solidão
…de se saber…
…inútil viver…
…sem amar…
…sem ser…

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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