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E quando bate a saudade
Daquela figura humana
Que dessa vida mundana
Resta-lhe a realidade.

Realidade que passa
Desse saudosismo enorme
Que arrebata até o nome
Nessa memória dispersa.

Assim esse velho amigo
De figura pequenina
E paixão tão cristalina
Que até me serve de abrigo.

É um amigo admirável
E não tenho explicação
Pois tamanha é a emoção
E um amor incontrolável
Que me enche o coração
Dessa sensação estável
De pura admiração.

É meu velho pai e amigo
E não há pior castigo
Pensar na separação
Dessa dupla geração.

Sempre o vejo ali sentado
De coração apertado
Resta-me então pensar
Vendo esse tempo passar.

E o tempo é generoso
Mas nem sempre piedoso
Pra quem já não tem um lar
E nem quem queira cuidar.

Por favor, não faça isso
Jamais vire suas costas
Não negue suas respostas
Não seja um filho remisso
Refaça suas propostas
Como filho não omisso
Com atitudes compostas
De profundo compromisso.

Tenha sempre bem por perto
Não importa se é certo
O importante é ter um amigo
Pra levar sempre consigo
Seu nome no coração.

No I Festival de poesia do Asilo São Vicente de Paulo, em comemoração aos seus 70 anos de serviços prestados à comunidade santarena, a poesia que conquistou a 2ª colocação na categoria profissional foi uma singela homenagem ao meu velho pai (Curica)….

EDITAL Nº 001/2017
I CONCURSO DE POESIA DO ASILO SÃO VICENTE DE PAULO
TEMA: “MEU VELHO AMIGO”
RESULTADO DA SELEÇÃO
www.ufopa.edu.br
UFOPA.EDU.BR

Obs: O autor é Professor da Rede Pública Municipal de Santarém.
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA. Técnico em Educação na Rede Estadual. Especialista em Ciências Sociais para o Ensino Médio e autor do livro – Brinquedo: Contos e Poesias.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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